quinta-feira, 5 de julho de 2018

Aimee McPherson (fundadora da Igreja Quadrangular) sexo, drogas, dinheiro e mentiras.

Aimee Semple McPherson (ou simplesmente irmã Aimee ) foi fundadora da igreja do evangelho quadrangular e sua história gira em torno de muita polêmica que envolve sexo, drogas, mentiras e falsos milagres, mas vai dizer que você não sabia? Pensei que você soubesse.
Aimée Elizabeth Kennedy nasceu em uma fazenda em 9 de outubro de 1890, em Salford, Ontário, Canadá. Seu pai, James Kennedy, era um simples fazendeiro. A jovem Aimme foi, primeiramente, exposta à religião através de sua mãe.
Ela se casou três vezes: um marido faleceu e os outros dois pediram divórcio.

Seu segundo casamento foi um fracasso do começo ao fim. Ela era histérica, nervosa, negligente, preguiçosa. Além de tudo, traiu o seu infeliz marido. Sendo que, nenhum de seus biógrafos sabe quantas dezenas de amantes ela teve enquanto o seu marido sofria. Ele finalmente pediu o divórcio em 1921.

Aos 40 anos de idade, ela casou-se pela terceira vez com David Hutton, um cantor e ator, 10 anos mais jovem que ela. Isso causou grande controvérsia dentro da Igreja, pois seu ex-marido ainda vivia. Ou seja, isso era contra a doutrina que ela mesmo havia estabelecido na sua igreja. De novo veio o divórcio, em menos de três anos de infeliz união. Neste período, se relacionou com um homem casado, o Sr. Kenneth Ormistron.
Em 18 de maio de 1926, ela e sua secretária, foram à praia. Ela foi ao mar e não mais foi vista. Inicialmente, achou-se que tinha se afogado e houve um grande rebuliço em todos EUA, especialmente, em Los Angeles, centro de suas "atividades evangelísticas". Equipes de busca foram organizadas, e, incansavelmente, buscaram o corpo dela. Uma jovem, discípula de Aimme, mergulhou em sua busca e acabou morrendo afogada.
Todos lamentavam a sua morte, quando 1 mês após o seu desaparecimento, sua mãe recebeu um bilhete exigindo $500 mil pelo resgate de sua filha. ou caso contrário, segundo o bilhete, ela seria vendida como escrava. O caso foi investigado, porém a polícia não encontrou indícios de sequestro. Ela reapareceu noutra cidade, inventando uma fábula de que teria sido sequestrada. Após investigações, a versão policial foi a seguinte: Na verdade toda a fábula era para evitar que percebessem que ela havia tido uma tórrida paixão durante o mês do seu desaparecimento, com muito sexo, com seu amante Kenneth Ormistron. O casal já havia sido visto antes numa viagem conjunta à Europa. Uma recepcionista de uma loja mostrou que ela e seu amante estavam na cidade de Karmel, Califórnia. Várias outras pessoas testemunharam terem visto as aventuras "amorosas" dela. Enquanto isto, ela ia tendo cada vez mais seguidores na igreja que fundou e arrecadava mais e mais dinheiro.

Um ano depois deste escândalo, ela começou a enrolar os seus cabelos, a usar joias, peles caras, usar vestidos curtos. Igualmente bebia muito e em público dançava, "aproveitando a vida". Anos antes ela pregava contra tudo isto, garantindo o fogo do inferno a quem tivesse tais pecados. Aimmé Sofria de depressão e tomava antidepressivos e tranquilizantes para dormir. Entretanto, dizia-se possuir dons de curar, mas o porquê não usou para curar-se. Muito contraditório, em? Na noite do dia 26 de setembro de 1944, se suicidou tomando vários comprimidos para dormir e deixou outros tantos em baixo do seu travesseiro.
O autor Robert Barh, no livro "The Least of All Saints" narra muito bem os últimos anos de vida dela. Ela ia aos poucos se viciando em drogas. Sua paixão por barbitúricos se completava ao seu amor por homens na cama. Neste livro, tem uma foto dela com alguns de seus seguidores. Ela aparece manifestando a sua suposta unção. De modo que, muitos de seus seguidores estão deitados no chão.
Sua mãe a ajudava no milionário "negócio evangélico" de sua igreja. Dividiam o dinheiro arrecadado dos fiéis. Tanto dinheiro que deu numa sucessão de brigas horríveis entre mãe e filha. Uma briga entre elas teve como resultado ela quebrar o nariz da mãe com um forte soco. Sua mãe, apoiada pela neta, decidiu processá-la. Não era a questão do soco. O dinheiro era de novo o centro do processo. O herético Benny Hinn(em uma atitude bizarra) costuma visitar o túmulo dela para receber a "unção" que flui de seus ossos

Bibliografia:
The Least of All Saints
Biografia-Aimée Semple McPherson

Assista o vídeo abaixo:







Por que deixei de ser evangélico e me tornei um cético? Parte-01

Yeshu ben Pandera (Jesus filho de Pantera)





Um Jesus Antes de Cristo
O manuscrito Sepher Toldoth Yeshu (Livro da Genealogia de Jesus, em hebraico) descreve um Yeshu ben Pandera (Jesus filho de Pandera) do tempo dos Asmoneus da seguinte maneira:

Resumo do Sepher Toldoth Yeshu (tradução livre do inglês)
No reinado de Alexandre Janeu, um inútil devasso chamado José Pandera vivia perto da casa de uma jovem chamada Maria, noiva de um certo homem de nome João. Pandera seduziu Maria e esta ficou grávida.
Quando João soube que a sua noiva estava grávida, dirigiu-se ao seu perceptor Simão ben Shetach. Este aconselhou-o a arrolar testemunhas para levar o culpado ao Sinédrio, mas João, para evitar a vergonha, fugiu para longe.
Entretanto, Maria deu à luz a um rapaz e chamou-o Jesus (heb. Yehoshua, Yeshu). Quando cresceu, o rapaz mostrava-se insolente com os magistrados do Sinédrio. E as pessoas diziam “Que bastardo!”. Simão ben Shetach disse, então: “Sim, este é o filho de Pandera e Maria que era noiva de outro”. Os outros disseram: “Portanto, ele é mesmo um bastardo filho de uma adúltera!”.
Publicou-se um edito, expulsando-o do seu meio, e Jesus fugiu para a Galileia, onde morou muitos anos. Quando também na Galileia soube-se que Jesus era filho ilegítimo ele retornou secretamente a Jerusalém.
Ora, havia uma pedra no Templo onde estava gravada a Shem ha-Mephorash (a Palavra Inefável, o nome secreto de Deus, que dava grandes poderes a quem a conhecia). Essa pedra foi descoberta por David no fundo de um abismo e foi colocada no santíssimo do Templo. Posteriormente, os homens sábios, receando que alguém imprudentemente tomasse conhecimento da Palavra Inefável escrita na pedra, mandaram colocar dois leões mágicos de bronze à entrada do santíssimo do Templo que rugiriam provocando um total esquecimento.
Jesus entrou no Templo, e registou as letras sagradas num pergaminho. Depois cortou a sua carne, escondeu o pergaminho dentro e voltou a fechar a carne. Quando saiu, os leões rugiram e ele esqueceu-se de tudo, mas já fora da cidade, voltou a abrir a sua carne e recuperou o pergaminho.
Depois foi à cidade e clamou a todos: “Não sou filho de uma virgem? Eu sou o Filho de Deus que Isaías profetizou que viria de uma virgem!”. Os que o ouviam diziam: “Mostra-nos um sinal”. Levaram-lhe ossos de um morto e ele devolveu-lhe a vida, restaurando-lhe tendões, carne e pele. Levaram-lhe um leproso e ele curou o leproso. E os que viram ajoelharam-se e disseram “Tu és o Filho de Deus”.
Mas os anciãos sábios ficaram apreensivos com as notícias e montaram uma cilada a Jesus, enviando-lhe mensageiros que lhe disseram: “Os ilustres de Jerusalém chamam-te porque ouviram que és o Filho de Deus”. Jesus respondeu “irei se me receberem tal como os escravos recebem o seu senhor”.
Estabelecido o acordo, Jesus dirigiu-se a Jerusalém montado num burro e foi recebido com grande pompa.
Entretanto os sábios queixaram-se à rainha (Salomé Alexandra) e exigiram a pena de morte para Jesus. Mas a rainha, não convencida da acusação, pediu uma audiência com Jesus.
Jesus foi então levado à presença da rainha e mostrou os seus poderes, curando um leproso e ressuscitando um morto. A rainha disse então aos sábios: “Porque dizem que este homem é um feiticeiro? Pois eu vi que ele é realmente o Filho de Deus. Desapareçam e nunca mais me tragam uma acusação destas!”.
Depois os sábios reuniram-se novamente e decidiram escolher um deles para aprender a Shem ha-Mephorash e para provarem que assim poderiam fazer o mesmo que Jesus. Um deles, de nome Judas, propôs-se para este desafio.
Entretanto a rainha convocou uma nova audiência, desta vez com Judas e Jesus. Jesus começou por dizer “Assim como as escrituras dizem acerca de mim eu vou subir ao céu para o meu Pai celeste” e, proferindo a Shem ha-Mephorash, começou a subir aos céus. Judas também proferiu a fórmula secreta e, subindo também, começou a puxar Jesus para baixo. Combateram até que Judas derramou o seu suor em Jesus tornando-o impuro. Então, eles ficaram impuros com o suor, e como a Shem ha-Mephorash só funciona em estado de pureza, caíram ao solo, e foi declarada a sentença de morte a Jesus. Mas os discípulos conseguiram fazer Jesus escapar  para fora da cidade.
Jesus dirigiu-se ao Jordão, onde lavou-se e purificou-se, recuperando os seus poderes. Depois pegou em duas pedras de moinho, colocou-as a flutuar na água e sentou-se nelas a pescar para uma multidão que comeu os peixes.
Quando os sábios souberam que Jesus estava novamente a exibir poderes, Judas propôs-lhes que iria misturar-se secretamente com os discípulos de Jesus. Assim o fez e, numa noite, Judas encontrou Jesus a dormir numa tenda, cortou-lhe a carne e removeu-lhe o pergaminho.
No dia da festa dos pães não fermentados Jesus, com a intenção de ir ao Templo recuperar a palavra secreta, dirigiu-se com os seus discípulos para Jerusalém. Entretanto Judas foi avisar os sábios para estarem atentos porque ele iria denunciar Jesus, prostrando-se aos seus pés. E assim, Jesus foi capturado.
Jesus foi amarrado a um pilar e chicoteado. Colocaram-lhe uma coroa de espinhos e, quando ele pediu água, deram-lhe vinagre para beber. Jesus então proferiu “Meu Deus, porque me abandonaste?”. Depois, foi levado ao Sinédrio para lhe proferirem a pena de morte e, por fim, foi apedrejado até à morte.
Procuraram uma árvore para o pendurarem, mas não encontraram nenhuma capaz de suportar o peso de um homem. De modo que o penduraram numa haste de um grande repolho! Mas, à noite, enterraram-no no local onde fora apedrejado. Judas, receando que os discípulos roubassem o corpo e dissessem que Jesus tinha ascendido aos céus, removeu-o da sepultura e escondeu-o no seu jardim.
No dia seguinte, os discípulos não encontraram o corpo na sepultura e proclamaram que Jesus tinha ascendido aos céus. Por isso a rainha convocou todos os sábios com o seguinte ultimato “Se não encontrarem o corpo serão todos mortos!”.



A grande curiosidade aqui é que esta história possui contornos semelhantes a do Jesus dos evangelhos, embora com um enquadramento histórico diferente.
O enquadramento histórico do Sepher Toldoth Yeshu coloca o nascimento de Yeshu ben Pandera no reinado de Alexandre Janeu, entre 103 e 76 AC., e a sua morte durante o reinado de Salomé Alexandra, entre 76 e 67 AC. Existe, portanto, um lapso de cem anos em relação ao tempo dos evangelhos, ou seja, ao tempo de Herodes Antipas e Pilatos e, por este raciocínio, poderíamos considerar que uma versão primitiva do Sepher Toldoth Yeshu antecedeu a escrita dos evangelhos.
Coincidência ?

Não pode ser coincidência, por exemplo, o Evangelho Segundo Mateus iniciar-se com a frase “Livro da genealogia de Jesus” (ou “Livro da história de Jesus”), que deveria ser provavelmente o nome original deste evangelho, antes de ser conhecido pela sua designação atual.

Por volta de 248 D.C., o apologista cristão Orígenes escreveu no seu livro Contra Celsus:
Contra Celsus (de Orígenes), Livro I, Capítulo XXXII
“-Celsus - falando da mãe de Jesus, disse: “quando ela estava grávida foi expulsa pelo carpinteiro do qual estava noiva, por culpa de adultério, porque concebera um filho de um soldado chamado Pandera (Panthera)” ...
Orígenes referia-se ao livro -Verdadeira Palavra - do autor romano Celsus que depreciava as crenças cristãs. Este livro terá sido escrito por volta de 178 D.C. Presumivelmente, Celsus terá baseado a frase (citada por Orígenes setenta anos depois) numa história semelhante ao Sepher Toldoth Yeshu.

O túmulo de Tibério Pandera
Em outubro de 1859, durante a construção de uma ferrovia em Bingerbrück na Alemanha, nove lápides romanas foram descobertas acidentalmente.

Uma das lápides apresentava a seguinte inscrição:

Tibério Iulius Abdes Pantera,
de Sidon, com idade de 62 anos,
serviu 40 anos, ex-porta-estandarte
do primeiro grupo de arqueiros
encontra-se aqui.

Atualmente, conservada no museu Römerhalle em Bad Kreuznach, Alemanha, trata-se da lápide de um soldado chamado Tibério Iulius Abdes Pantera.

A hipótese de ligação histórica deste soldado com Jesus de Nazaré foi levantada por James Tabor, com base na alegação de Celsus. A hipótese foi considerada extremamente improvável pela maioria dos acadêmicos, uma vez que não havia nenhuma evidência para apoiar que este Pantera, em particular, seria o mesmo que foi referido por Celsus.
O nome Pantera não seria um nome raro. Antes do final do século XIX, havia a hipótese de que o nome seria raro ou mesmo fabricado (no Sepher Toldoth Yeshu), mas posteriormente alguns acadêmicos mostraram que foi um nome usado na Judeia e especialmente comum entre soldados romanos.


Diágoras de Melos, o primeiro ateu.




   Diágoras de Melos (Διαγόρας ὁ Μήλιος) foi um poeta e sofista grego do século V A.C. Ao longo da antiguidade, foi considerado como ateu. Há pouca informação a respeito de sua vida e suas crenças. Contudo,  sabe-se que ele se manifestou contra a religião grega. Sendo assim, os atenienses o acusaram de impiedade, e ele foi forçado a fugir da cidade, morrendo em Corinto.
   É possível afirmar que, ele é chamado de “o primeiro ateu” por ter sido assim citado por Cícero no De Natura Deorum. Acredita-se que ele tenha sido o primeiro a dizer que a religião foi criada pelos  governantes para assustar as pessoas de modo a fazê-las seguir uma ordem moral. Além de se opor ao panteão dos deuses gregos, ele criticava os mistérios de Elêusis. Além disso, Diágoras foi discípulo de Demócrito.
   Cícero escreveu que amigos de Diágoras tentaram convencê-lo sobre a existência dos deuses com o argumento de que muitas pessoas foram salvas de tempestades graças à intervenção de divindades. O filósofo teria respondido que muito mais pessoas tinham morrido no mar sem que os deuses delas nada fizessem.
   Portanto, ele foi – no sentido mais amplo da palavra - um iconoclasta. Há um relato de que ele queimou a imagem de Hércules, que é um semideus da mitologia grega que ficou famoso por seus doze feitos, e comentou: “Eis o décimo terceiro trabalho de Hércules: cozinhar nabos para Diágoras”.

Assista o vídeo abaixo:


quarta-feira, 4 de julho de 2018

"Jesuses" Quantos Jesus apareceram na história?

Josefo, historiador judeu do primeiro século, menciona nada menos que dezanove diferentes Yeshuas/Jesus, cerca de metade deles contemporâneos do suposto Cristo! Em seu livro Antiguidades, dos vinte e oito sacerdotes que ocuparam o cargo a partir do reinado de Herodes, o Grande, até a queda do Templo, nada menos que quatro tinham o nome Jesus: Yeshua ben Fiabi, Yeshua ben See, Yeshua ben Damneu e Yeshua ben Gamaliel. Até Paulo faz referência a um mágico rival, pregando 'um outro Jesus' (2 Coríntios 11,4). O amontoado de "Jesuses" antigos inclui: 
Yeshua ben Sirach. Este Jesus era tido como o autor do livro de Eclesiástico, ou a Sabedoria de Jesus o Filho de Sirach, um dos livros apócrifos do Antigo Testamento. Ben Sirach, escrevendo em grego em cerca de 180 AC, juntou sabedoria judaica e heróis de estilo homérico. 
Yeshua ben Pandera. Um fazedor de milagres da época do reinado de Alexandre Janeu (106-79 aC), um dos reis macabeus mais cruéis. Imprudentemente, este Jesus começou uma carreira de agitação e profecias sobre o fim do mundo que acabou irritando o rei. Foi morto sendo pendurado em uma árvore - e na véspera de uma Pessach (Páscoa judaica). Os estudiosos têm especulado que este Jesus fundou a seita dos essênios.
Yeshua ben Ananias. A partir de 62 DC, este Jesus causou inquietação em Jerusalém com uma ladainha apocalíptica incessante de 'Ai, ai da cidade'. Ele profetizava vagamente:
"Uma voz do Oriente, uma voz do Ocidente, uma voz dos quatro ventos, uma voz contra Jerusalém e a casa do santuário, uma voz contra os noivos e as noivas, e uma voz contra todo o povo."
- Josefo, Guerras 6.3
 Preso e açoitado pelos romanos, Jesus ben Ananias foi solto por não ser considerado perigoso, apenas um louco. Ele foi morto durante o cerco de Jerusalém por uma pedra arremessada por uma catapulta romana.
Yeshua ben Safate. Na insurreição de 68 DC que trouxe o caos à Galileia, este Jesus liderou os rebeldes em Tiberíades ("o líder de um tumulto sedicioso de marinheiros e pessoas pobres" - Josefo, Vida de Flávio Josefo 12.66). Quando a cidade estava prestes a ser dominada pelos legionários de Vespasiano, ele fugiu para o norte para Tariqueia no Mar da Galileia.
Yeshua ben Gamala. Durante 68/69 dC este Jesus era um líder do 'partido da paz' na guerra civil que arrasava a Judéia. Nas muralhas de Jerusalém ele protestou contra os idumeus que estavam ali sitiando a cidade (liderados por 'Tiago e João, filhos de Susa'). Não foi bom para ele. Quando os idumeus passaram pelas muralhas ele foi condenado à morte e seu corpo jogado aos cães e aves de rapina..
Yeshua ben Tebute. Um sacerdote que, na capitulação final da cidade alta em 69 DC, salvou sua pele entregando os tesouros do Templo, que incluíam dois candelabros sagrados, cálices de ouro puro, cortinas sagradas e vestes dos sacerdotes. Esses objetos figuraram com destaque no arco triunfal erguido para Vespasiano e seu filho Tito.
O problema com essa noção é que absolutamente nada corrobora a biografia sagrada e ainda essa 'maravilhosa história' é salpicada com inúmeros anacronismos, contradições e absurdos. Por exemplo, no momento em que José e Maria, então grávida, teriam ido a Belém para um suposto censo romano, a Galileia (ao contrário da Judeia) não era uma província romana e, portanto, papai e mamãe não teriam nenhuma razão para fazer a viagem. Mesmo que a Galileia fosse território imperial, não se conhece nenhum 'censo universal' ordenado por Augusto (nem por nenhum outro imperador) - e os impostos romanos eram baseados em propriedades, não em número de pessoas. Além disso, hoje sabemos que Nazaré não existia antes do século II.
Nazaré não é mencionada nem no Antigo Testamento e nem por Josefo, que travou uma guerra ao longo de todo o comprimento e largura da Galileia (um território do tamanho da Grande Londres) e ainda Josefo registra os nomes de dezenas de outras cidades. Na verdade a maior parte da história de Jesus acontece em cidades de origem igualmente duvidosa, em vilas tão pequenas que só cristãos partidários sabiam de sua existência (no entanto, cidades pagãs bem documentadas, com ruínas até hoje existentes, não fizeram parte do itinerário de Jesus).
  1. O que deve nos alertar para falsificação grosseira aqui é que praticamente todos os acontecimentos da suposta vida de Jesus aparecem na vida de figuras míticas de origem muito mais antiga. Se falamos de nascimento milagroso, juventude prodigiosa, milagres ou curas maravilhosas - todos esses 'sinais' tinham sido atribuídos a outros deuses, séculos antes de qualquer homem santo judeu passear por aí. As supostas declarações e ensinamentos de Jesus são igualmente lugar-comum, tendo sido tiradas das escrituras judaicas, filosofia neo-platônica ou comentários feitos por sábios das escolas filosóficas estóica e cínica.
Assista o vídeo abaixo:

Como surgiu a Religião?